Google proíbe anúncios políticos durante as eleições de 2024

As informações são do Poder360.

A partir do próximo dia 1º de maio, será proibido o impulsionamento de qualquer conteúdo político em todas as empresas do Google (incluindo o YouTube). A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (24) em função das novas regras para as eleições municipais de 2024.

Google quer evitar possíveis punições da justiça brasileira

Diversas reuniões internas ocorreram no Google para tratar do tema desde o dia 1º de março. Na data, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou uma resolução apresentando um novo regramento para o período eleitoral.

 

As regras exigiam que, em caso de conteúdos impulsionados, o Google mantivesse um repositório desses anúncios para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência da publicidade contratada. Além disso, deveria disponibilizar uma ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permitisse realizar busca avançada nos dados do repositório.

Segundo analistas, o Google teria capacidade para cumprir todas as normas, mas isso seria caro. Haveria também o risco de o sistema falhar e o TSE determinar punições. Na dúvida, o Google optou por derrubar o impulsionamento durante o processo eleitoral.

As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto.

 
Google, em comunicado

Já a publicidade governamental continuará permitida. Segundo o Google, a resolução do TSE se limita aos conteúdos relacionados diretamente com as eleições.

 

Mudança nas regras eleitorais

  • Até 2017, não era permitido o impulsionamento de conteúdo político-eleitoral no país.
  • Isso mudou com a minirreforma eleitoral de 2017.
  • Pela lei, entre as formas de impulsionamento de conteúdo, foi também incluída a priorização paga de conteúdos em mecanismos de buscas na internet, como Google e Yahoo.
  • O impulsionamento de conteúdos deverá ser contratado diretamente com o provedor da aplicação de internet com sede e foro no país.
  • Em novembro de 2021, o Google passou a ter um repositório dos impulsionamentos.
  • De lá para cá, foram mais de 58 mil propagandas da modalidade contratadas junto à empresa.

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